UM OLHAR
PSICANALÍTICO PARA O FILME “CISNE NEGRO”.
MARTINS, Marcio.
A Psicanálise como técnica
terapêutica busca elucidar para o próprio paciente, suas lacunas mal
compreendidas, enquadrando-se pelo direcionamento do ajuste das próprias
palavras em processo de conhecimento e cura junto a seção terapêutica, aqui em
especial a cinematografia atual via o filme “Cisne Negro” (Back swan - suspense/drama
psicológico estadunidense, (2010), dirigido por Darren
Aronofsky), contribui para que possamos ver pilares psicanalíticos
estudados e teorizados pelo próprio Freud em suas primeiras lições, aqui em
especifico "Cinco Lições de Psicanálise,
Leonardo da Vinci e Outros Trabalhos (1910)";autoerotismo, zona erógena,
complexo de édipo, libido, sadomasoquismo. O estudo do longa-metragem
tem o objetivo central fazer uma ponte entre acontecimentos do próprio filme e pilares
teóricos da quarta lição de Freud e a personagem principal a bailarina
Nina, interpretada pela atriz Natalie Portiman. A metodologia usada foi a
análise poética segundo Gomes (2004), apud Penafria (2009) que entende o filme
como uma programação/criação de efeitos, simplificadamente de uma composição
estética a ordem das sensações. Resultados e muita dor, foco e determinação para
fazer muito mais e melhor como bailarina, podendo-se dizer a busca da perfeição e desejos instáveis entre a dúvida do sexo aposto e mesmo sexo, frustação,
desiquilíbrio, isso sem destacar alucinações no contexto das neuroses vividas.
Para as reflexões entre as considerações finais do trabalho e o termino do
filme leva-se em conta a construção cinematográfica para o foco da determinação
da bailarina, estimulado ainda mais na frustação representativa da mãe
(ex-bailarina) Erica (Barbara
Hershey), e a forma da
construção e desconstrução das ditas neuroses psicaliticas ligadas a
sexualidade.